Carta aos que lutam por seus sonhos

Queridos amigos,

Não deixo que minha condição, sem braços e sem pernas, me imponha limites. Vivo como se não tivesse limites, por isso aprendi a superar as dificuldades com fé, esperança, amor e coragem. E de dificuldades eu entendo muito bem. Encontrei a felicidade quando entendi que, por mais imperfeito que eu seja, sou o perfeito Nick. Sou uma obra de Deus, criado de acordo com o plano que Ele designou para mim. Isso não quer dizer que não há espaço para aperfeiçoamento. Sempre tento melhorar para que assim, possa servir a Ele e ao mundo.

Acredito do fundo do meu coração que a minha vida não tem limites. Quero que sintam a mesma coisa em relação às suas vidas, quaisquer que sejam os problemas que tenham que enfrentar. E a Bíblia diz: “Meus irmãos, considerais uma grande alegria quando tiverdes de passar por diversas provações”.

Essa é uma lição que levei anos para aprender. No fim das contas, entendi que a maior parte das provações que temos que enfrentar nos propiciam oportunidades para que descubramos quem estamos destinados a ser e como podemos usar nossos dons para realizar nossos sonhos e ajudar outras pessoas.

Quando se desiste dos sonhos, colocamos Deus dentro de uma caixa. Afinal, somos criação Dele. Ele nos criou por um motivo, com um proposito. Portanto, nossa vida não pode ser limitada, assim como é impossível refrear o amor de Deus.

Temos a chance de escolher. Podemos optar por sermos pessoas que dão importância apenas às decepções e insistem em enfatizar as falhas e deficiências. Ou, ao contrário, quando temos que encarar períodos difíceis, podemos escolher por aprender com a experiência e seguir em frente, assumindo a responsabilidade por nossa felicidade.

Por sermos filhos de Deus, somos preciosos e valemos mais do que todos os diamantes do mundo. Mesmo assim, nosso objetivo deve ser sempre o de nos tornarmos ainda melhores, forçando nossos limites, ampliando horizontes, sonhando alto. Ao longo do caminho são necessários ajustes, porque a vida nem sempre é um mar de rosas, mas sempre vale a pena ser vivida.

Estou aqui para lhes dizer que sejam quais forem as circunstâncias, enquanto estivermos respirando, temos uma contribuição a dar. Talvez vocês passem por períodos difíceis. Talvez caiam e sintam que não têm forças para levantar. Conheço essa sensação, meus amigos. Todos nós a conhecemos. A vida nem sempre é fácil mas, quando superamos as dificuldades, nos tornamos mais fortes e mais gratos pelas oportunidades.

Sabem de uma coisa? A vida só nos dá o que temos condições de suportar. Acredito que para cada deficiência ou defeito que temos, a vida nos abençoa com muitas habilidades e talentos para suportar obstáculos. Deus me equipou com uma incrível determinação e com outros dons e talentos.

Portanto, meus amigos, vão atrás do que desejam, o que quer que seja, e lembrem-se: Deus ajuda a quem ajuda a si mesmo. Depende de se esforçar para atingir o propósito mais elevado para seus talentos e sonhos. Assumam a responsabilidade e, depois, ajam.

Primeiro devem acreditar em vocês mesmos e no valor que têm. Quando acreditarem que foram presenteados com bênçãos – talento, inteligência e amor – vocês vão assumir cada passo da jornada e outras pessoas caminharão com vocês.

Sabem de outra coisa? Às vezes Deus espera que a gente trabalhe pesado. A gente pode ter sonhos, desejos e esperança. Mas também devemos nos mexer e fazer tudo o que pudermos para realizá-los. Devemos nos esforçar para irmos além de nossos limites e chegarmos ao lugar que desejamos estar.

Há uma verdade maravilhosa na vida: cada um de nós tem um dom, um talento, uma habilidade que nos dá prazer, e o caminho para a felicidade muitas vezes está nesse dom.

Não posso colocar a mão sobre o ombro de vocês para tranquilizá-los e renovar a confiança, mas posso falar do fundo do meu coração que por pior que sejam as circunstancias, existe esperança. O que digo a vocês, e que serve como estímulo, é que as coisas que estão à sua espera podem ser bem melhores do que possam imaginar. E depende de vocês se levantarem, sacudirem a poeira, darem a volta por cima e lutarem por seus sonhos. Porque quando desejamos e temos paixão para fazer uma coisa, se essa coisa estiver ao alcance de Deus, vamos conseguir.

Juntos, as oportunidades para nós são maravilhosas, o que me dizem?

Vamos nessa?

Arquitetura do amor

Neste artigo compartilho estudos, pesquisas e experiências que me levaram a acreditar que a maior parte dos desencontros amorosos ocorre em função da fragilidade dos relacionamentos conjugais e não pela falta de amor.

Quando casei, aos 21 anos de idade, se tivesse recebido informações sobre o significado e responsabilidade de assumir a parte que nos cabe nos relacionamentos a dois, poderia ter compreendido que, mais do que amor, seriam necessários outros elementos valiosos à construção e manutenção de uma relação saudável. Também teria sido de grande valia entender a dimensão dessa jornada para a formação do lar onde abrigaria minha família. Mas, como para a maioria dos casais essas dicas não são dadas, tive que aprender ao longo do caminho, aos trancos e barrancos… Até chegar o dia de parar para repensar a relação, onde é preciso fazer um balanço sobre os pontos fortes e fracos e, até mesmo, se vale à pena continuar. “Êta diazinho” difícil, porque quando a gente chega a esse ponto, o coração já está apertado de mágoas, dúvidas e uma terrível incerteza sobre o futuro.

Foi em um momento de vida como esse, já com mais de 25 anos de casada, que decidi entender melhor a essência dos relacionamentos conjugais e, assim, poder avaliar os acertos e erros, especialmente o que poderia fazer para reeditar a relação. Então, resolvi levar a sério os estudos e pesquisas sobre esse assunto e o livro Arquitetura do Amor está para nascer como o registro das aprendizagens e melhorias que procuro fazer e que compartilho com você a partir de agora.

O resultado dessa experiência pode ser considerado um grande alerta: Atenção!!! O AMOR é o terreno fértil, mas precisa da construção e manutenção da RELAÇÃO para sobreviver e abrigar o LAR onde a família vai nascer e viver. Pode haver AMOR, mas sem uma RELAÇÃO SAUDÁVEL, construída a partir de base sólida, pilares de sustentação e um telhado que abrigue os melhores valores, o amor terá poucas chances de sobreviver.

Essa constatação está fundamentada em um conjunto de fatores:

– Minha formação como Psicóloga que me proporciona estudar e pesquisar o assunto com um pouco mais de profundidade;
– Os atendimentos a casais em crise onde os maiores problemas encontravam-se mais na falta de COMUNICAÇÃO (base da relação) do que na falta de AMOR.
– Minha trajetória conjugal de mais de 30 anos;

Hoje tenho a convicção de que contar com um plano de viagem é mais do que uma vantagem, é definitivo para evitar entrar numa aventura a dois. Como disse o sábio navegador Amir Klink: “O que diferencia uma viagem de uma aventura é que uma viagem parte de um objetivo preciso e conta com um planejamento detalhado, e uma aventura a gente vai à deriva. Já vivi aventuras, mas fazer a volta ao mundo requer mais do que vontade, requer iniciativa e o exercício bonito de construir um pedacinho do futuro”.

Mesmo com um plano de viagem não temos a garantia de que a travessia será tranquila, mas sem ele, estamos muito mais vulneráveis às turbulências e com muito mais chances de naufragar.

O artigo Arquitetura do Amor não tem a pretensão de ser um guia, apenas uma fonte de lições e emoções sobre a trajetória conjugal com dicas para aqueles que buscam assumir a parte do destino que lhes cabe na jornada a dois.


A Arte do Relacionamento – Como está o seu?

O relacionamento é uma arte que se expressa através de uma combinação única de ingredientes, cuja essência é o amor.

doutor Dr. Dean Ornish, renomado cardiologista americano, em seu livro “Amor e Sobrevivência” observa que: “vários são os caminhos que nos levam ao amor. A jornada para colocar mais amor a sua vida é talvez a mais pessoal e mais significativa das aventuras. Perseguir seu próprio caminho é mais valioso do que seguir os passos dos outros. Se você assume o compromisso da jornada do coração, forças entrarão em movimento que são uma parte do mistério da vida”.

Convido você a refletir sobre “essas forças do coração” que escolhi chamar de Arquitetura do Amor – uma estrutura poderosa, com sua própria combinação e, que impacta em diferentes dimensões de realização humana – pessoal, familiar, social e profissional.

No início dessa jornada, proponho um exercício de reflexão sobre alguns dos indicadores que podem orientar e revelar como está seu relacionamento amoroso atualmente:

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As raízes do sentimento de insatisfação ou satisfação plena se encontra no mais intimo de nossos corações a partir de uma especial combinação de fatores que, conjugados, refletem nosso estado de prazer atual.

Esse pode ser um momento importante da jornada. Um momento de tomar consciência dos seus sentimentos atuais, e então, decidir incrementar ou mudar a direção e o controle dessa área, aqui e agora. O que você quer dos seus próximos capítulos?

Os benefícios por assumir consciente e estrategicamente essa área da vida vão além dos maravilhosos momentos românticos que somos capazes de protagonizar e reeditar.

Dr. Ornish, nos ensina que “o padrão no modo como nos relacionamos com os outros e com nós mesmos é um importante determinante da saúde e da doença – até mesmo da vida e da morte. Quando nos sentimos amados, bem cuidados, apoiados e íntimos, temos maior probabilidade de ser feliz e de ter saúde. É menor o risco de adoecer e, se adoecer, é maior as chances de sobreviver. Portanto, qualquer coisa que contribui para o amor e a intimidade, a conexão com os outros, é curativa.”

O próprio Dr. Ornish confessa: “sei o quanto também foi difícil para eu realizar mudanças fundamentais nos meus padrões de relacionamento. Quando comecei a compreender o poder curativo do amor e dos relacionamentos, comecei a dedicar mais tempo e mais energia para trabalhar as minhas feridas e a ajudar os pacientes que me procuravam a fazer o mesmo. Portanto, o amor promove a sobrevivência. Dar e receber carinho são atos afirmativos da vida – quando começamos a nos sentir responsáveis por nossas ações e deixamos de culpar a outra pessoa, o relacionamento sofre uma transformação. Ou cresce e se torna mais autêntico e íntimo, ou uma pessoa ou ambas resolvem terminar um relacionamento destrutivo, para procurar outro mais compatível com maior potencial para a intimidade”.

Para Martin Sellgman, PhD, professor de Psicologia do programa Fox Leadership na Universidade da Pensilvânia, em seu livro “Felicidade Autêntica”: “Amor significa muito mais do que dar afeto em troca daquilo que se espera receber. Casais satisfeitos vêem virtudes nos parceiros, se dão atenção e costumam ser otimistas. O amor faz uma pessoa melhor”.

Segundo John Gottman, professor da Universidade de Washington, em seu “laboratório do amor”, o potencial para divórcio ou para casais cujo casamento ainda vai melhorar ao longo do tempo pode ser previsto com 90% de acerto. Gottman propoe aspectos a serem avaliados e que se relacionam aos possíveis candidatos ao divórcio. Sugiro que aproveite a oportunidade para avaliar sua condição atual:

(   ) Discussão áspera quando há discordância;
(   ) Em vez de queixas, críticas ao(à) parceiro(a);
(   ) Demonstrações de menosprezo;
(   ) Atitude defenciva imediata;
(   ) Não valorização (particularmente sabotagem);
(   ) Linguagem corporal negativa.

Casais com relacionamento de qualidade apresentam comportamentos específicos, como dedicar 5 horas semanais ao convívio através de:

(   ) Despedidas – toda manhã costumam comentar o que vão fazer durante o dia;
(   ) Regresso – têm conversa tranquila;
(   ) Afeto – tocar, agarrar, pegar e beijar – tudo com ternura;
(   ) Uma vez por semana – somente os dois, numa atmosfera relaxante, renovando o amor;
(   ) Admiração e apreciação – todo dia demonstram afeto e apreciação.

Projeto, Construção, Manutenção e Renovação

Projetar, construir, manter ou renovar relações requer investimento pessoal. Através do amor edificamos nossas relações, mas é preciso cultivar esse amor e cuidar com muita atenção de toda a estrutura que compõe sua arquitetura, cujas partes exigem ações específicas e compromentimento profundo.

No quadro abaixo, você encontra uma analogia que podemos fazer para compreender melhor a “Arquitetura do Amor”, a partir de suas estruturas que fundamentam e sustentam o relacionamento amoroso saudável.

As etapas 1, 2, 3 e 4 referem-se ao momento em que você se encontra em seu relacionamento atual:
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Etapa 1 – Arquitetura e Construção – aberto a relacionamentos ou no início de um romance.
Nessa fase, costumamos não ver a pessoa amada como realmente é, porque idealizamos uma imagem e nos apaixonamos por ela, projetando-a no outro. Quando chagamos a conhecê-la melhor, ficamos algumas vezes desiludidos – literalmente porque ela não corresponde à nossa ilusão do que queríamos que fosse;

Etapa 2 – Manutenção – fase em que já nos encontramos num relacionamento estável e que requer atenção e cuidado para evitar as armadilhas da rotina. É um período também importante, que sugere assumir a correção de pequenos desencontros com atenção especial à comunicação, para evitar a etapa 3.

Etapa 3 – Reforma – refere-se a uma fase em que as crises necessitam ser encaradas de frente e as novas regras, reeditadas. Essa etapa pode e deve ser evitada, especialmente quando se trabalha preventivamente com a “Arquitetura do Amor”, em cada uma de suas estruturas;

Etapa 4 – Reconstrução ou Demolição – quando cada uma das 10 estruturas estão vulneráveis, é hora de tomar uma decisão sobre a direção a dar nesse relacionamento – é hora de reconstruir ou partir para um novo relacionamento?

O momento em que se encontra em seu relacionamento amoroso pode ser o ponto de partida para se tomar consciência e assumir o comando – revendo objetivos e estratégias. Nesse momento, é fundamental perceber a dinâmica do relacionamento em que se encontra e partir para os indicadores de sucesso de relacionamentos saudáveis e, então, assumir sua parcela de responsabilidade e a parte que lhe cabe nessa jornada.

Vamos às variáveis ou estruturas básicas desse projeto:

Terreno = Amor – terreno fértil para se construir uma relação. É o ponto de partida, o lugar para começar se você quiser construir, manter e reeditar relacionamentos de qualidade e duradouros.

Base de Sustentação = Comunicação – a base de sustentação, o alicerce onde se constrói a relação. Investir nesse fundamento é um dos passos mais importantes do processo. Afirmo isso porque já atendi diferentes casais em fase de reconciliação, e restaurar a comunicação era um dos maiores desafios. Identificar e reduzir mensagens negativas como interrupções, acusações, queixas mútuas e fixação no passado, substituindo-as por pedidos positivos de mudança de comportamento como, por exemplo: “eu gostaria muito que você preparasse o orçamento como nós combinamos no mês passado”, contribui de forma definitiva para a saúde do casal e a sustentação das outras estruturas.

Pilar 1 = Interesses comuns – o primeiro pilar de sustentação de uma relação amorosa diz respeito aos interesses comuns que o casal vivencia como, por exemplo, atividades de lazer compartilhadas. Casais infelizes geralmente evitam passar muito tempo juntos, prevendo que esses momentos levarão a interações desagradáveis. Portanto, pensar em atividades que os dois apreciam e organizar melhor o tempo que dedicam a esses momentos, é um dos pré-requisitos para a boa relação.

Pilar 2 = Resolução de problemas – o segundo pilar de sustentação do relacionamento refere-se às habilidades de resolução de problemas. Esse pilar exige um exercício cuidadoso e produtivo nos momentos mais críticos da relação, onde as adversidades se apresentam para minar a relação. Quando os parceiros concordam em focar na resolução de um problema (evitando a armadilha emocional de procurar girar em torno das dificuldades, dissecando suas partes e procurando culpados), podem seguir alguns passos como:

1) Identifiquem o problema e definam qual a meta a ser atingida pelo casal;
2) Gerem alternativas de soluções;
3) Avaliem as vantagens e desvantagens de cada opção;
4) Decidam qual a melhor alternativa;
5) Façam acontecer – o que tem que ser feito para atingir a meta estabelecida.

Pilar 3 = Vida afetivo/sexual – o terceiro pilar de sustentação se encontra na área afetivo-sexual e podemos aprender com Dr. Alessandro Loiola, que sugere 10 dicas práticas de como incrementar a vida sexual:

1) Conheça seu corpo – Conversar francamente sobre os gostos de cada um e procurar contornar as próprias limitações com criatividade.
2) Fantasie! – A imaginação é um dos mais potentes afrodisíacos que se conhece.
3) Abuse das Preliminares – Preliminares incluem mais do que mão naquilo e aquilo na mão, abrangem elogios, sair para jantar, tomar banho juntos, fazer massagens, ouvir música, dançar. Estas atividades criam clima favorável para o casal, aumentando o nível de excitação.
4) Relaxe – Colocar música suave, trancar a porta para evitar sustos, deixar de lado as contas, a lista de tarefas para o dia seguinte, o quarto que está muito claro ou muito escuro, etc. Concentrar-se apenas no prazer que está sentindo, é especialmente importante para mulheres na menopausa, que podem apresentar dificuldade para chegar ao orgasmo.
5) Mude hábitos – Deixar de lado alguns vícios de comportamento e aproveitar tudo aquilo que a sua moral puder perdoar. As relações pela manhã também podem ser especialmente úteis para homens a partir da meia-idade, pois a ereção costuma ser mais fácil nesse período.
6) Pratique Exercícios Regularmente – Pessoas que praticam regularmente atividade física possuem mais disposição para o sexo. Uma caminhada de 30 minutos por dia, pelo menos 4 dias na semana, já é um bom começo.
7) Leve uma Dieta Saudável – Alimentação rica em gorduras e calorias, e pobre em vitaminas é um veneno para o desejo sexual. A dica é consumir frutas, legumes e vegetais à vontade e tomar uma quantidade adequada de água durante o dia.
8) Mantenha Tudo Sob Controle – A falta de controle da pressão, do diabetes, da gota, da artrite, do excesso de peso, tudo isso diminui o desejo e a potência sexual. Para que a sexualidade aflore sem amarras, é preciso que você mantenha a saúde sob controle.
9) Atenção com Remédios – Infelizmente, alguns remédios utilizados no tratamento de doenças crônicas como diabetes e pressão alta podem diminuir o desejo sexual. O melhor é informar-se com seu médico.
10) Use Suplementos – Mais de 80% dos casos de disfunção sexual estão relacionados a problemas orgânicos que podem ser tratados. Você deve procurar seu médico e perguntar se pode fazer uso de remédios e suplementos para melhorar sua sexualidade.

Pilar 4 = Planos para o futuro – o quarto pilar de sustentação é a habilidade de planejar o futuro a partir de possibilidades e uma perspectiva positiva. Viver intensamente o dia a dia é muito importante, desde que você e o seu parceiro ou parceira saibam em que direção estão seguindo. Essa perspectiva de futuro propiciará a base das decisões e ações que empreenderão no relacionamento. O teto de uma casa representa a cobertura responsável por preservar as demais estruturas e que têm também sua função na arquitetura e construção. Essa analogia corresponde aos três valores básicos – Confiança, Respeito e Sinceridade Construtiva – que costumam ser edificados e preservados entre os casais que constroem um convívio saudável.

Cobertura de Valor 1 = Confiança – a origem desta palavra está em “fides” que, no latim, significa “fé, fidelidade e lealdade”. Desde o início, no entanto, a confiança é vista como algo cultivado pelas pessoas através daquilo que fazem juntas. Assim, quando se diz que UM confia no OUTRO é porque UM acredita que aquilo que o OUTRO diz ou faz corresponde aos fatos, ou é o que este último planeja fazer. A confiança não é automática nem acontece por acaso. É fruto de trabalho dedicado a atividades específicas entre as partes e que promove um valor especial à relação.

Cobertura de Valor 2 = Respeito – tem sua origem no latim “respectare” e significa olhar muitas vezes para trás. Olhar para trás para ver o outro, para perceber quem está perto de nós. Está associado aos direitos fundamentais do homem e do cidadão, aos vínculos morais e jurídicos, que regulam o nosso comportamento. São valores comuns, cultivados e ligados à dignidade e à ética.

Cobertura de Valor 3 = Sinceridade Construtiva – tem sua origem no latim “sincera”, porque quando os romanos fabricavam vasos de uma cera especial essa cera era, às vezes, tão pura e perfeita que os vasos se tornavam transparentes. Para o vaso, assim fino e límpido, dizia o romano vaidoso: – Como é lindo… parece até que não tem cera! “Sine-cera” queria dizer “sem cera”, uma qualidade de vaso perfeito, finíssimo, delicado, que deixava ver através de suas paredes. Sinceridade é a qualidade de ser franco, leal, verdadeiro, transparente e que não usa disfarces, malícia ou dissimulações. Ser sincero, à semelhança do vaso, deixa ver, através de suas palavras, os nobres sentimentos de seu coração.

Porta que leva ao interior = Individualidade – a psicóloga Margareth Mello, em “As Fronteiras do Amor”, afirma que: “Antes de mais nada, para estabelecer uma relação a dois saudável e viável, precisamos aprender a nos diferenciar como pessoas.” Ela ensina que “Numa relação a dois, imaginar dois corações fundindo-se num só parece imagem muito bonita e romântica. Mas contém a armadilha da falta de limites entre os parceiros, que impede o respeito à individualidade e a saúde do próprio relacionamento. Fronteira é o “limite”. A perda da fronteira significa a perda da diferenciação, isto é, da própria identidade de cada um dos parceiros. Fronteira é limite, é amor. Amor é algo cuidadoso, exercido com ternura. É dessa forma que a fronteira de uma casa indica quem pode entrar. Não é qualquer um que tem trânsito naquele espaço, estabelecem-se regras de como se comportar uns com os outros, uma legislação interna rege aquela família, para o bem estar de todos os que compartilham da mesma constelação familiar. Um casal com fronteiras seguras, que suporte os eventos inesperados e as dificuldades temporárias sem acusações, sem retaliações e sem mágoas acumuladas, pode encontrar saídas sempre mais criativas e adequadas às suas necessidades”.

Agora, o que você pode fazer para melhorar ainda mais essa área de sua vida?
Qual seu objetivo?
Que recursos você já dispõe e que podem ser preservados para alcançar o que quer?
Que recursos você ainda não tem e que pode desenvolver para conseguir o que quer?
Qual o primeiro passo a dar na direção dos seus próximos capítulos?

Lembre-se, essa é a sua história e você escolhe o que quer viver!

O que você quer, exatamente?

Um bom exemplo é de uma época que poucos de nós nos lembramos, mas que já era cheia de QUEROS. Quando éramos bebês tentávamos dar o primeiro passo. Por sermos muito jovens, com até mesmo nosso cérebro em formação, não nos lembramos deste momento, mas, de alguma forma, sabemos que nossa mente não parava de disparar um comando que, se traduzido em palavras, poderia resultar em algo do tipo:
EU QUERO ANDAR! VAMOS, TIRE ESSA FRALDA DO CHÃO E LENVANTE-SE!

Claro que nós pensávamos de uma forma, digamos, um pouco mais pueril. Mas já tínhamos um QUERO muito forte em nossa mente, éramos determinados a lutar por este desejo, de nos erguer para o mundo. Vivíamos em uma zona de turbulência. Levantávamos e caíamos, em uma sequência de tentativas e erros que se prolongava por semanas, ou até mesmo meses. Um ciclo que nos levaria à excelência, com os resultados das tentativas, independente dos fracassos, as aprendizagens e a melhoria contínua.

Uma hora, eis que nos levantamos para o mundo. Meio desengonçados, é verdade. Mas eretos, imponentes. E, dali em diante, aqueles pezinhos poderiam nos levar até onde fôssemos capazes de sonhar. Nossa caminhada começou naquele exato instante. Literalmente. E tudo partiu de uma vontade, de um QUERO.

Desde o princípio vivemos querendo coisas. Então, aqui entre nós, o que você quer agora? É da resposta a essa pergunta que seus sonhos vão começar a ensaiar os primeiros passos.

A segunda coisa é saber o que você quer, exatamente. Especificar a sua meta, o seu QUERO. Isso ajuda, e muito, a atingir o seu objetivo. É muito mais fácil conquistar o que queremos se soubermos exatamente o que queremos. Pode parecer óbvio dizer isso. É óbvio apertar um interruptor e a luz acender. Entretanto, há algumas dezenas de anos atrás, não era tão obvio quanto nos parece hoje. Thomas Edison que o diga.

Então digamos que você queira dinheiro. Esta é uma meta positiva. O que é excelente. É muito mais forte do que uma meta como “não quero ficar sem dinheiro”. Uma meta positiva é sempre mais poderosa do que uma formulada no negativo. Começar com uma meta positiva é como iniciar com o pé direito.

Agora de nada adianta uma meta ser positiva e inespecífica. Muitos que querem dinheiro vivem frustrados. Por quê? Porque provavelmente já ganham dinheiro e não estão felizes. 1 real é dinheiro. 1 bilhão de reais é dinheiro. Se é dinheiro o que você quer, então quanto te faria feliz?

Note que mesmo quem quer dinheiro pode não querer bilhões. Eike Batista quer ser o homem mais rico do mundo. Mas tem gente que quer ter dinheiro pra comprar uma casinha, e isso basta para ser feliz. Não existe certo ou errado, muito ou pouco. Isso depende do ponto de vista de cada um. Se é dinheiro que você quer, quanto você quer?

Outro fator muito importante é o “quando”. O quanto e o quando são igualmente fundamentais. Ganhar 5 milhões de reais em uma semana é bem diferente do que em 20 anos. Colocar sua meta em uma linha do tempo é fundamental para traçar uma estratégia adequada para conquistá-la.

Após definir o quanto e o quando é muito importante pensar sobre as evidências do seu QUERO. Como você vai saber que conquistou a sua meta? Quando ver o dinheiro no extrato do banco? Quando comprar uma casa com este dinheiro? Aqui também aparece o óbvio. Mas, por incrível que pareça, muitas pessoas atingem suas metas e não se dão conta disso. Como consequência, acabam constantemente frustradas por simplesmente não saberem que realizaram seus sonhos.

Cada um tem uma vontade específica, um QUERO. Alguns não querem dinheiro de jeito nenhum, dão valor a outras coisas na vida. O importante é saber exatamente o que você quer, quanto você quer, quando você quer e como saber que conquistou o que quer. Portanto, especifique!

E claro, se sua meta é ganhar na loteria, você vai depender eternamente da sorte. Se quando você era bebê quisesse que, em vez de você, sua amiguinha andasse, de que adiantaria seus esforços? Dependeria só dela. Poderia até atingir sua meta, mas provavelmente ia esperar sentado. Quanto mais sua meta depender só de você, melhor.

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Então, já tem sua meta, seu sonho, seu QUERO? Especificou? Ótimo!

Poste aqui nos comentários o que você quer. É uma forma de tirar o seu desejo do campo das ideias e jogá-lo no mundo. Fazer ele nascer mesmo. Assim, toda vez que você entrar aqui, vai se lembrar do seu sonho, do seu filhinho, e vai alimentá-lo diariamente com uma boa dose de motivação.

E, antes que eu me esqueça, QUERO desejar ótimas conquistas para você!

Líderes que vencem crises e reinventam negócios

Crise não é a novidade. A história revela diversos exemplos de superação em diferentes momentos e dimensões de realização humana: pessoal, social, político e organizacional. A virada da IBM – International Business Machines, por exemplo, ilustra bem a capacidade de reinventar negócios ao vencer uma crise empresarial.

Quando perguntaram a Louis V. Gerstner Jr. o que ele fez nos primeiros 90 dias da reviravolta na IBM, quando assumiu a presidência em 1993, ele respondeu sem pestanejar a uma plateia de 4.500 líderes empresariais que participavam do World Business Fórum em Nova York (2004): “Rezei”.

A ironia de Gerstner revela uma mensagem clara: poderosos executivos não são super-heróis, portanto:

– O que fazer diante das inevitáveis crises que se apresentam com mais frequência e em escala mundial?
– Como se reposicionar num cenário de dúvidas e incertezas?
– Quais as novas regras do jogo dos negócios?
– Como aproveitar esse momento para reinventar e vencer?

Louis Gerstner, considerado um arquiteto das mudanças vivenciadas no ciclo de 1993 a 2002 na IBM, e um dos três mais poderosos e influentes executivos do planeta (além de Anne Mulcahy, presidente da Xerox, e Jack Welch, ex-General Electric), após o seu momento pessoal de “rezas”:

– Encarou o problema de frente tomando consciência da realidade;
– Voltou-se para o futuro e redefiniu a visão da empresa;
– Restabeleceu objetivos, tornando-os claros e compartilhados;
– Escalou a liderança para um novo ciclo de competição estratégica;
– Concentrou toda a sua energia nas pessoas comprometidas emocionalmente e envolvidas no processo de execução;

Passo a passo, ação em ação, de tarefa em tarefa – mobilizou sua equipe e, juntos, fizeram acontecer, escrevendo um novo capítulo no ciclo da IBM.

O resultado desse movimento? A IBM não é mais a mesma. Perto de seus 100 anos de existência (1911), presente em 170 dos 194 países do mundo, a companhia que fez fama como a maior fabricante de computadores do mundo adotou o slogan “a inovadora dos inovadores” e reposicionou seu negócio para “Solução em E”-business, ou Tech-Service, para os americanos, saindo à frente num mercado de US$ 585 bilhões. Isso significa atuar em todas as pontas do e-business.

O jogo mudou e, portanto, a questão aqui é: quais são as novas regras que estão sendo estabelecidas? Como entender e responder a esse movimento? E o que fazer diante desse novo cenário?

Reconhecer as características dos momentos de crise pode ser o primeiro passo para compreendê-los enfrentá-los.

É verdade que estamos diante de uma crise econômica de proporção global, uma realidade nunca vivenciada por nossa geração. Essa crise revela o quanto nossa era está volátil, incerta e complexa. É um momento que expressa também a fragilidade do modelo globalizado que criou interdependência inimaginável e multiplicou os riscos, jamais considerados.

Mas também é verdade que este estado de turbulência, que caracteriza os momentos de crise, é o estado que antecede às inevitáveis mudanças. E é justamente diante dessa situação que podemos perceber e criar as novas oportunidades.

Ventos fortes sempre sopraram em diferentes momentos da história humana, porém, a grande mudança e o impacto desnorteador que sentimos em relação à crise mundial diz respeito não apenas à crise em si, mas ao alcance dos ventos e, especificamente, ao intervalo em que se apresentam.

Líderes que vencem crises e reinventam negócios estão diante de um novo jogo que não revela suas novas regras. Então, como jogar para ganhar?

Darwin nos dá uma excelente dica de onde podemos começar a nos fortalecer para enfrentar essa nova crise, quando afirma que “não são as espécies mais fortes que sobrevivem, nem as mais inteligentes, mas as mais flexíveis às mudanças”.

Diante de uma conjuntura de pouca previsibilidade, quando não sabemos em que medida a crise irá nos atingir e por quanto tempo, é preciso assumir uma perspectiva realista e positiva diante do futuro, ser capaz de usar as ideias para criar novas soluções à partir de atitudes e ações que terão profundo reflexo em nosso futuro e no de nossas organizações. Por isso, está na gestão de pessoas uma das saídas para a retomada do crescimento.

O modelo de gestão adotado por Luiza Helena, do Magazine Luiza, é fundamentado na estratégia, onde, segundo ela:
“você tem que estar pronto e atento para redirecionar sempre, mas não dá para prever, nesse momento, o que vai acontecer – nenhum economista previu o momento atual; a empresa tem de ser humilde e redirecionar a todo o momento e estar se reinventando sempre. Inovação, criatividade e ideias novas. Nossa equipe está acostumada a trabalhar com mudança, é uma postura intrínseca que adotamos e que reflete em ações como: o site de palpites – onde todos podem opinar, fazer elogios e dar boas opiniões – o incentivo a sentimento de “ser dono do negócio”, que gera melhorias, e a valorização da comunicação interna, onde todos têm de saber de tudo rapidamente. Adotamos ações que contribuem para a unidade do grupo e permitem que falemos a mesma língua, através da TV executiva ao vivo, rádio Luiza semanal, portal de comunicação forte e uma escola de treinamento.”

Entre diferentes iniciativas possíveis, Luiz Edmundo Rosa destaca três forças transformadoras para tempos de crise:

– Força transformadora da liderança – pensar, decidir e agir com visão, praticar a serenidade e intuição aguçada, estimular equipes a pensarem e usarem toda a criatividade à partir da compreensão dos acontecimentos (realidade) e tendências mais prováveis (de olho no futuro) e empreender mudanças; É hora de rever estratégias, reunir líderes, falar a verdade, pedir foco no que é essencial e solicitar a atenção máxima das equipes, porque elas vão precisar de apoio à partir da tolerância e compreensão;

– Força transformadora da inovação – agir com liberdade de imaginação, iniciativa e permissão para arriscar com responsabilidade. Seria uma ilusão querer chegar a novos resultados fazendo as mesmas coisas. É hora de: aproximar relacionamento com clientes, colaboradores e fornecedores, realizar campanhas de incentivo a ideias pragmáticas, valorizar as pessoas com perfis empreendedores e reconhecer essas pessoas, criando a cultura da melhoria continuada em uma organização em constante aprendizado;

– Força transformadora da ação – somente inovando, renovando e reinventando é que podemos aproveitar as ricas oportunidades que a crise nos traz. É hora de: agir com senso de prioridade e economia, mas não de cortar indiscriminadamente o investimento nas pessoas. É hora de desafiar as equipes a dar o melhor de si e alcançar resultados excepcionais, apostar nos talentos, redirecionar programas de educação corporativa e fortalecer a comunicação.

– Com sabedoria, Luiz Edmundo Rosa conclui que “em momentos de crise, cabe aos líderes o papel fundamental de promover as transformações necessárias muito além da questão imediata de superar as dificuldades, por mais urgentes e complexas que sejam. Precisa haver um verdadeiro compromisso com o futuro e as pessoas são os agentes capazes de criar, inovar, transformar e fazer acontecer”.

Em resumo, a crise nos impõe o desafio de realizar mudanças e exige visão e responsabilidade nas decisões. Medidas defensivas e isoladas refletem falta de visão, de pensamento estratégico e de criatividade. Quando se é dominado por esse estado de espírito, a crise se espalha e agrava ainda mais os resultados. Nos momentos de crise que se apresentam com mais intensidade e continuidade, os líderes tem papel fundamental nas mudanças e superação das dificuldades. Eles precisam assumir o compromisso com o futuro e mobilizar as pessoas que representam os agentes capazes de gerar novas ideias, criar e transformar a realidade.

O papel da gestão, portanto, é favorecer esse movimento construindo culturas empresariais sólidas como o grande diferencial competitivo. Resultado: quando a crise for superada, e ela vai passar, a empresa responderá ao novo ambiente de negócios, às novas aspirações dos clientes, investidores, colaboradores e demais públicos estratégicos. O papel da liderança na gestão de pessoas, portanto, é o fator fundamental para a grande virada, no jogo dos negócios.

 

Programa Coaching de excelência – Como contruir o futuro desejado

Portanto, considerar que existem fatores externos sob os quais não temos controle e que exercem uma força em nossas vidas é importante. Porém, mais importante é aprender a assumir o domínio da parte que nos cabe e, assim, aprender a utilizar o conjunto de mecanismos internos que dispomos para atingir os nossos sonhos e objetivos. É o que afirma Howard Cutler, psiquiatra e neurologista da American Board, no livro A Arte da Felicidade: “A Felicidade é determinada mais pelo estado mental – Modo de Encarar a Vida – do que por acontecimentos externos. Portanto, dispomos do equipamento de que precisamos para alcançar a felicidade”.

Ampliar a capacidade de produzir resultados com excelência – ou seja, desenvolver o autodomínio – pode ser definitivo para quem quer virar o jogo, nos esportes, negócios e na vida. Segundo Peter Senge, diretor do Centro de Aprendizado Organizacional da Sloan School of Management, o MIT (Massachusetts Institute of Technology), e criador do Modelo de Organizações que Aprendem: “a vida pode ser uma viagem criativa, viver de um ponto de vista criativo, em contraposição a um reativo”. Para ele, “através do desenvolvimento do autodomínio, aprendemos a entender e aprofundar continuamente nosso propósito na vida e a concentrar energia em maneiras mais estratégicas e produtivas de agir e interagir, como um artista no trabalho de criação”.

Podemos virar o jogo quando decidimos passar de meros expectadores a condutores criativos da parte que nos cabe em nossas jornadas. À partir de uma metodologia simples e bem fundamentada cientificamente é possível redefinir o destino almejado, estabelecer o plano de voo e assumir o que realmente tem o poder de mudar o placar – ações estratégicas. Passo a passo, como eternos aprendizes em busca do melhor que existe em nós mesmos, podemos trilhar o caminho, fazendo escolhas, tomando decisões, promovendo ações e assumindo, então, a tal parte que nos cabe de nossos destinos. Como canta e encanta Guilherme Arantes: “Vivendo e aprendendo a jogar, nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, aprendendo a jogar”.

Que método é esse que pode nos tirar do automático e provocar a tomada de consciência necessária para que possamos assumir as nossas vidas, carreiras e empresas? É o método Coaching. Seja bem-vindo! Esse método pode fazer a diferença em sua vida, carreira e empresa – aqui e agora!

O QUE É COACHING?

A Revista Fortune perguntou a 22 das pessoas mais bem-sucedidas do mundo: “Qual o melhor conselho que você já recebeu?” Eric Schmidt, presidente da Google, respondeu:
“Costumo receber muitos conselhos que nõ sei por onde começar. Um que me vem à mente é ter um Coach. Um jovem membro, John Doerr, em 2002 disse: Meu conselho para você é ter um Coach. E eu disse: Bem, eu não preciso de um Coach, sou um CEO estabilizado, para que precisaria de um Coach, tem algo errado? Ele disse: Não, não, você precisa de um Coach, todo mundo precisa de um Coach. Então, Bill Campbell se tornou meu Coach e serviu muito bem ao Google. Todo atleta famoso, todo artista famoso tem um Coach, alguém para observar o que está fazendo e perguntar: É isso mesmo que você quis dizer? Você fez isso mesmo?, dar a eles uma perspectiva. Uma das coisas que as pessoas nunca são boas é olhar para elas como os outros as enxergam. Um Coach realmente ajuda!”

Procurando explicar da forma mais simples possível, diria que Coaching é um programa que procura provocar pessoas a saírem do automático, despertando para o que significa a jornada pessoal e profissional – levando a reflexões como: quais os resultados que está alcançando atualmente, o que você quer ser e aonde deseja chegar. É um trabalho que contribui especialmente para o desenvolvimento do Autodomínio – capacidade de produzir resultados e que, para tanto, parte de um plano de voo em relação ao futuro. O processo de mudança ocorre à partir de ações estratégicas que levam a resultados, aprendizagens e melhorias, à parte que nos cabe de nosso destino.

A principal característica dos encontros ou sessões de Coaching é que o facilitador, chamado de Coach, fica a maior parte do tempo fazendo perguntas, com o proposito de levar a novas compreensões, estimulando a fazer escolhas, tomar decisões e levar à ação – aquela cujo placar nos interessa. O mais interessante desse exercício é que, ao mesmo tempo em que nos apropriamos de nossas vidas e carreiras, também descobrimos o tesouro inesgotável de recursos e possibilidades que habita no mais intimo dos seres humanos.

Anthony Grant – Fundador e diretor da Unidade de Psicologia do Coaching na Universidade de Sidnei, define:
“Coaching é um processo sistemático e colaborativo, focado em soluções e orientado a resultados, no qual o Coach facilita a evolução do desempenho, bem estar, aprendizagem de pessoas (Coachees), grupos e organizações que não apresentam problemas mentais clinicamente significativos.

Segundo a International Coaching Federation – ICF:
“Coaching é o processo de aprendizado, aperfeiçoamento, melhoria de desempenho e qualidade de vida. Nas sessões, o Cliente escolhe o foco de conversação, enquanto o Coach escuta e contribui com observações e perguntas. Esta interação cria clareza e coloca o Cliente em ação. Coaching acelera o progresso com foco e consciência nas escolhas. Coaching concentra-se onde os clientes estão e no que querem fazer para chegar onde desejam.”

Em nosso Programa Coaching de Excelência, da Academia Emocional, definimos:
“Coaching é o Processo de mudança, focado nas ações estratégicas que geram resultados, aprendizagens e melhorias (Ciclo da Excelência).”

Essa definição representa os sete elementos da estrutura e sessões de Coaching:

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QUAL O PROPÓSITO DO MÉTODO COACHING?

O Método Coaching tem como propósito contribuir para o desenvolvimento do Autodomínio, ou seja, aumentar nossa capacidade de produzir resultados pessoais, profissionais e organizacionais. Quando atingimos Autodomínio, fazemos escolhas, tomamos decisões, agimos estrategicamente e demonstramos poder de:

– Enfrentar desafios;
– Resolver problemas;
– Ter Atitude mental positiva;
– Agir de forma criativa, não reativa, especialmente diante dos revezes da vida.

Os benefícios vão desde uma maneira mais estratégica de pensar, sentir, agir e interagir, ou se posicionar na vida, até a reestruturação total de vidas, carreiras e organizações.

Para Daniel Goleman, PhD de Harvard, uma das maiores autoridades em psicologia:
“Coaching nos ajuda a descobrir sonhos, entender nossas forças e energias, proporciona novas compreensões, causa um grande impacto sobre os outros e nos guia nos passos da aprendizagem e melhoria contínua. É um método poderoso para desenvolver a inteligência emocional e, portanto, cultivar a excelência.”

 

COACHING FUNCIONA, COMPROVADAMENTE?

Sim. O método Coaching funciona e foi comprovado por estudo realizado pelo ICF – International Coaching Federation – encomendado pela conceituada consultoria PricewaterhouseCoopers, em 2009:
“Coaching Funciona e é de grande valor, seja para criar mudanças positivas e alcançar metas pessoais como para gerar sólido retorno do investimento (ROI- Return on Investment) para os clientes.”

Outra fonte de comprovação pode ser encontrada na tese de doutorado de Cristiana Vaz de Moraes, Universidade de São Paulo (USP), em 2007:
“Coaching é uma forma de alavancar a liderança numa organização em busca de resultados excelentes, contribuindo para a expansão do indivíduo profissional e também como pessoa. Faz com que organizações que acreditam no potencial de seus profissionais consigam, neste momento de grande concorrência – mudanças e globalização – ter um posicionamento ótimo para enfrentar crises, buscando novas alternativas de negócios, aprendendo também a desenvolver novas competências que os ajudem a se reposicionar, se necessário, ou ultrapassar barreiras empresariais que possam surgir”.

Sueli Milaré, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCAMP-SP), em sua tese de mestrado em 2008, resume que:
“Coaching Executivo está sendo usado para ajudar líderes a adaptarem-se aos desafios da globalização, e os resultados demonstram que o Coaching Executivo é eficaz, permitindo o desenvolvimento de novas competências pessoais, que possibilitam atingir metas organizacionais”.


COACH, COACHEE E COACHING – 3 LADOS DA MESMA VIAGEM

O Coach pode ser considerado o facilitador do processo de mudança vivenciado pelo Coachee, cliente e agente de mudança ao longo do processo de Coaching.

O Coach, portanto, tem a função de encorajar a autodescoberta, estimular o descobrimento e alinhamento de objetivos, trazer à tona estratégias e soluções e manter o Coachee responsável
pelas ações e resultados. É também responsabilidade do Coach questionar de que maneira o Coachee, equipe ou organização, pode ser melhor.Segundo David Rock (Coach Empresarial) e Jeffrey Schuartz (Psiquiatra):
“As pessoas que estimulam o pensamento de outros estão assumindo a função de Coach, formulando perguntas, partilhando filosofias e metodologias, observando o processo e expondo os demais a diferentes perspectivas, fazendo-os refletir, questionar e rever suas premissas e posições”.
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DIFERENÇAS ENTREO COACHING, TERAPIA E CONSULTORIA

De maneira resumida, no processo de Coaching:

– Existe cliente, não paciente;
– Ações levam às mudanças;
– O trabalho é focado no presente e futuro, e não no passado;
– O Cliente é o agente e responsável pelas mudanças;
– O Coach não aconselha, ele faz perguntas, leva a reflexões, tomada de consciência e ações estratégicas;
– O Cliente tem sempre as melhores respostas;
– O Coach contribui para que o Coachee assuma a parte do destino que lhe cabe;


COMO SÃO AS SESSÕES DO PROGRAMA COACHING DE EXCELÊNCIA – SESSÕES INDIVIDUAIS?

O Programa Coaching de Excelência está estruturado em 10 sessões, e com ações estratégicas entre sessões:

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Avaliação Inicial (1ªSessão) – tem como objetivo retratar o momento de vida e identificar a adequação ao Coaching;
Sessões Intermediárias I – direcionadas ao levantamento do Propósito, Visão, Valores, Estratégia (Plano de Ação) e Ações Estratégicas;
Avaliação Periódica (5ªSessão) – visa levantar as Mudanças, Resultados, Aprendizagens e Melhorias que ocorreram no primeiro ciclo.
Sessões Intermediárias II – direcionadas ao levantamento dos Indicadores, Competências (CHA), Recursos e Plano de Ação;
Avaliação Final (10ªSessão) – visa levantar as Mudanças, Resultados, Aprendizagens e Melhorias promovidas ao longo do programa e direcionar os próximos passos.

COMO SÃO AS SESSÕES DO PROGRAMA COACHING DE EXCELÊNCIA – EMPRESA E EXECUTIVO?

O Programa Coaching de Excelência – Empresa está estruturado em 7 etapas, que vão das reuniões estratégicas, palestra de apresentação aos participantes, Avaliação Inicial, Sessões Individuais, Sessões Coletivas, Projeto Final e Avaliação de Resultados:

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COMO É A FORMAÇÃO NO PROGRAMA COACHING DE EXCELÊNCIA DA ACADEMIA EMOCIONAL? 

Nossa matriz de formação foi cuidadosamente estruturada em 6 Módulos para dar o preparo teórico e prático, indispensável ao exercício do Coaching Profissional:

1. Módulo Introdução:

Objetivo: Conhecer os fundamentos filosóficos, teóricos e práticos do Programa Coaching de Excelência.
Prática: Sessão de Avaliação Inicial
Indicado: Interessado por fundamentação teórico-prática.
Carga Horária: 2 dias – 16 horas (das 8 às 18h)
Investimento: Valor hora/aula R$ 120,00 – Total: R$ 1.920.00 (em até 6 parcelas). Incluso apostila e coffee.
Programa: Origens e Histórico, Definição, Pressupostos, O que dizem as pesquisas, Estrutura inicial do Método, Estrutura 7 Elementos, Bases Científicas, Modelos Teóricos (Cognitivo, Inteligência Emocional, Psicologia Positiva, Aprendizagem), Diferenças entre Coaching, Terapia e Consultoria, Tipos de Coaching, Etapas do Programa Coaching de Resultados, Técnicas e Ferramentas, Bibliografia.


2. Módulo Avançado:

Objetivo: Desenvolver habilidades e competências para a prática do Coaching Profissional.
Prática: 10 Sessões Estruturadas com Técnicas e Ferramentas
Indicado: Interessados no exercício do Coaching Profissional.
Carga horária: 2 dias- 16h (das 8 as 18)
Programa: Planejar, organizar, dirigir e controlar as 10 Sessões estruturadas: Planejamento Estratégico, Avaliação inicial, Sessões intermediárias 1, Avaliação periódica, Sessões intermediárias 2, Avaliação final, Fechamento do ciclo PROCORES.
Pré-Requisito: Ter cursado Introdução
Investimento: Valor hora/aula R$ 120,00 – Total: R$ 1.920.00 (em até 6 parcelas). Incluso apostila e coffee.

3. Módulo Especialização – Empresa

Objetivo: Desenvolver habilidades e competências do Coaching Executivo e Empresarial
Prática: Cases Empresarial
Indicado: Interessado por especialização (conhecer a “tribo” e códigos executivo e empresarial)
Carga Horária: 2 dias – 16 horas (das 8 às 18h)
Investimento: Valor hora/aula R$ 120,00 – Total: R$ 1.920.00 (em até 6 parcelas). Incluso apostila e coffee.
4. Módulo Especialização – Esporte

Objetivo: Desenvolver habilidades e competências do Coaching Esportivo.
Prática: Cases Esportivo
Indicado: Interessado por especialização (conhecer a “tribo” e códigos esportivos)
Carga Horária: 16 horas (das 8 às 18h)
Investimento: Valor hora/aula R$ 120,00 – Total: R$ 1.920.00 (em até 6 parcelas). Incluso apostila e coffee.


5. Módulo Especialização – Equipe

Objetivo: Desenvolver habilidades e competências do Coaching voltado a Equipes Empresarial e Esportiva.
Prática: Cases Esportivo
Indicado: Interessado por especialização (conhecer a dinâmica de equipes)
Carga Horária: 16 horas (das 8 às 18h)
Investimento: Valor hora/aula R$ 120,00 – Total: R$ 1.920.00 (em até 6 parcelas). Incluso apostila e coffee.

6. Clínica

Objetivo: Reunir Coaches profissionais e estimular a troca de experiências através de casos práticos.
Indicado: Interessado por informação, atualização e networking.
Carga Horária: 8 horas (das 8 às 18h)
Investimento: Valor hora/aula R$ 120,00 – Total: R$ 960.00 (em até 6 parcelas). Incluso coffee.

 

Ansiedade, Medo e Pânico

Nossas emoções podem ser consideradas o “combustível” de nossas ações. “Emoção”, do latim movere, “mover”, significa a tendência para agir ou “e-movere” para afastar-se e, é expressa por sentimentos e seus pensamentos específicos. Conhecer nosso mecanismo emocional pode ser uma vantagem para quem quer mais saúde, qualidade de vida, melhoria nos relacionamentos ou produtividade profissional.

“Saúde não é ausência de doença. Saúde é quando estamos encantados com a vida!”
Nuno Cobra – Preparador Físico

Como as notas musicais ou cores primárias, também dispomos de um conjunto de emoções básicas que combinado, é capaz de gerar centenas de outras emoções – medo, alegria, raiva, tristeza, amor, surpresa e repugnância. Nesse artigo, destacaremos o medo, uma sensação que nos coloca em estado de alerta, geralmente por nos sentir ameaçados, tanto fisicamente como psicologicamente.

MEDO é uma emoção familiar a todos nós, que nos alerta através de um alarme interno gerado por reações químicas, descargas de hormônios do estresse (adrenalina e cortisol) capazes de causar sensações físicas como aceleração cardíaca, alteração respiratória, tremor e, nos prepara para “lutar ou fugir”. Resumidamente, a função do medo é nos alertar sobre uma possível ameaça ou perigo (real ou imaginário), por isso merece nossa atenção e respeito. O problema é que, nem sempre interpretamos corretamente o que está acontecendo, distorcemos a realidade e criamos assim, preocupações infundadas que podem nos levar aos momentos de ansiedade até o pânico.

ANSIEDADE é um estado emocional caracterizado por agitação física e sensação de tensão, apreensão e preocupação, cuja tarefa principal é despertar para soluções positivas frente os perigos da vida, prevendo-os antes que surjam. Entretanto, as preocupações crônicas (repetidas) jamais se aproximam da solução, ao contrário, elas fazem com que os pensamentos girem em ciclos progressivos que só aumentam a intensidade da preocupação. É como se o alarme do carro disparasse e não fosse possível desligar.

Três características distinguem a ansiedade normal da patológica – a ansiedade patológica é:

1) Irracional – percepção de ameaças que são exageradas ou inexistentes onde a ansiedade se manifesta de forma desproporcional;

2) Incontrolável – a pessoa não consegue desligar o alarme interno, mesmo quando sabe que o nível de preocupação é desproporcional;

3) Limitadora – interferindo nos relacionamentos, desempenho profissional/acadêmico ou nas atividades do cotidiano.

Resumindo, a ansiedade patológica é irracionalmente intensa, frequente, persistente e limitadora.

TRANSTORNOS DE ANSIEDADE GENERALIZADA E FLUTUANTE

Caracteriza por sintomas de ansiedade excessiva, global e persistente, preocupação com qualquer coisa. Em geral, esse tipo de ansiedade se dissipa rapidamente quando uma situação ameaçadora é solucionada. Entretanto, quando uma fonte de preocupação é removida, outra logo toma o seu lugar.

TRANSTORNOS DE PÂNICO

Caracterizam-se por sintomas de ansiedade extrema que rapidamente aumenta de intensidade e a pessoa experimenta ataques inesperados causando desconforto, sofrimento e limitações. Nesses momentos, a percepção de perigo de sensações internas (corporais) e externas (ambientais) passa a ser o centro da atenção, gerando sintomas como taquicardia, palpitações, formigamento, náusea, tontura, visão embaçada e falta de ar – por isso a hiperventilação exerce papel tão importante (aumento de ventilação respiratória quando sob estresse). Sentimentos de terror acompanham o intenso desconforto físico e a pessoa passa a pensar e acreditar que vai passar mal, perder o controle e que vai morrer. Algumas vezes, o primeiro ataque ocorre após uma experiência estressante, como uma doença, mudança de emprego ou conflito de relacionamento. Outros casos podem vir do “nada” – 40% não conseguem identificar o evento estressante que disparou o processo.

Como avaliar? Diferentes sintomas sinalizam a intensidade e gravidade da ansiedade, veja questionário a seguir:

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Psicólogos podem realizar avaliações precisas, portanto, esse exercício é apenas para a tomada de consciência de grau de ansiedade atual.

Além dos sintomas típicos de estados de ansiedade, um conjunto de questões também pode contribuir para a tomada de consciência:

1) Você recentemente ajustou, descontinuou ou modificou alguma medicação, receitada ou não por um médico?

2) Você passou por alguma experiência de doença, morte ou mudança em relacionamentos, trabalho ou situação financeira nos últimos meses?

3) Você recentemente passou por um parto, cirurgia ou apresentou mudança em seu padrão menstrual?

4) Alguém de sua família imediata ou família de origem teve sintomas parecidos como os que você está tendo agora?

5) Você recentemente começou ou descontinuou o uso de tabaco, drogas ou álcool?

6) Você tem alguma história de transtornos médicos como hipoglicemia, anormalidades cardíacas, transtornos convulsivos, etc.?

7) Você já teve esse tipo de sintoma no passado? 8) Você está atualmente usando inibidores de apetite ou drogas estimulantes, anfetaminas, cocaína, crack, etc.?

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O tratamento dos Transtornos de Pânico pode ser resumido:

1) Ensinar a reconhecer a relação entre sintomas e respostas catastróficas às sensações corporais e o ciclo que é estabelecido entre o pensar-sentir-agir-interagir.

2) Ensinar a evitar a hiperventilação quando sob estresse, por meio do treinamento da respiração.

3) Tratamento baseado na exposição imaginada.

4) Enfrentamento de como lidar com futuros episódios.

5) Encorajar a exposição a situações reais de vida.

Em nossas Sessões e Cursos – Coaching de Excelência (Introdução, Avançado, Empresa/Executivo, Equipe e Esporte) oferecemos o Método exclusivo – 7 Elementos – como um guia para ações estratégicas e inteligentes que aumentam as possibilidades de atingir resultados e que lavam a novas aprendizagens e melhorias, criando assim, o Ciclo da Excelência.

 

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Jane Fonda em sua melhor interpretação

Jane Fonda fala em palestra ao TED sobre o terceiro ato da vida. Foram adicionados 30 anos extra a nossa atual geração, anos que não são “uma simples nota de rodapé ou uma patologia”. Neste vídeo, que você pode acompanhar abaixo, junto à sua transcrição, Jane pergunta como podemos pensar sobre esta nova fase das nossas vidas.

Houve muitas revoluções durante o século passado, mas talvez nenhuma tão significativa como a revolução da longevidade. Hoje vivemos, em média, 34 anos mais que nossos bisavós. Pensem nisso!

Trata-se de uma segunda idade adulta completa que foi adicionada ao nosso tempo de vida. E, contudo, na sua maior parte, a nossa cultura não chegou a um consenso sobre o que isso significa. Ainda estamos vivendo com o antigo paradigma da idade como um arco. Essa é a metáfora, a velha metáfora. Nascemos, temos o pico da meia idade e declinamos até a decrepitude. A idade como patologia.

Mas muitas pessoas – filósofos, artistas, médicos, cientistas – estão olhando de uma nova maneira para aquilo que chamo de 3º Ato – as três últimas décadas de vida. E percebendo que, na verdade, é uma fase da vida em desenvolvimento, com o seu significado tão diferente da meia-idade como a infância e a adolescência. E estão se questionando, todos nós deveríamos nos questionar – Como usar esse tempo? Como viver com êxito? Qual a nova metáfora mais apropriada ao envelhecimento?

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Passei o último ano pesquisando e escrevendo sobre esse assunto e descobri que a metáfora mais adequada para o envelhecimento é uma escada – uma ascensão para um nível superior do espirito humano, conduzindo-nos à sabedoria, plenitude e à autenticidade. A idade de forma alguma como patologia. A idade como potencial. E sabem o que mais?

Esse potencial não é para uns poucos sortudos. Acontece que a maioria das pessoas acima dos 50, sente-se melhor, com menos stress, são menos hostis, menos ansiosas. Temos tendência a ver pontos em comum, mais do que diferenças. Alguns dos estudos dizem mesmo que somos mais felizes. Não era isso que eu esperava, asseguro a vocês.

Venho de uma história de deprimidos. À medida que me aproximava dos 40 e muitos, quando acordava de manhã, os meus seis primeiros pensamentos eram negativos e assustei-me. Pensei: “Oh meu Deus! Vou tornar-me uma velha excêntrica”. Mas agora que estou no centro do meu 3º Ato, percebo que estou mais feliz do que nunca. Tenho uma sensação tão poderosa de bem estar, e descobri que quando estamos dentro da velhice, ao contrário do que acontece quando a olhamos de fora, o medo diminui. Percebemos que ainda somos nós próprios, talvez ainda mais.

Picasso disse uma vez: “levamos muito tempo para nos tornarmos jovens”.

Não quero fazer da velhice um romance. Obviamente, não há garantias de que possa ser uma época de prazer e crescimento. Em parte é uma questão de sorte. Parte é, obviamente, genética. E não há muito o que possamos fazer a esse respeito. Mas isso significa que, nos dois terços do nosso desempenho no 3º ATO, podemos fazer alguma coisa. Vamos examinar o que podemos fazer para tornar esses anos adicionais num verdadeiro sucesso e usarmos esses anos para fazer a diferença.

Agora, permitam-me que diga algo acerca da escada, que pode parecer uma metáfora estranha para os seniores, pelo fato dos seniores verem na escada um desafio – eu incluída.

Como deve saber, o mundo inteiro funciona com uma lei universal: a entropia, a segunda lei da termodinâmica. Entropia significa que tudo no mundo, tudo, está num estado de declínio e decadência, o arco. Existe apenas uma exceção a essa lei universal, que é o espirito humano, que pode continuar a evoluir para níveis superiores – a escada – trazendo-nos para o sentido maior: a autenticidade e sabedoria. E aqui está o exemplo do que quero dizer. Esta ascensão para um nível superior pode acontecer mesmo diante de desafios físicos extremos.

Há cerca de três anos, li um artigo no New York Times. Era sobre um homem chamado Neil Selinger, 57anos, advogado aposentado, que tinha se juntado a um grupo de escritores da Universidade de Sarah Lawrence, onde encontrou a sua voz como escritor. Dois anos mais tarde, ele foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA), mais conhecida como doença de Lou Gehrig. Uma doença terrível, fatal. Deteriora corpo, mas a mente mantem-se intacta. Neste artigo, Mr. Selinger escreveu o seguinte para descrever o que estava lhe acontecendo: “enquanto os meus músculos enfraqueciam, a minha escrita tornava-se mais forte. Enquanto lentamente perdia a fala, ganhava a minha voz. Enquanto diminuía, crescia. Enquanto perdia tanto, finalmente começava a encontrar-me”. Para mim, Mr.Selinger representa a subida das escadas no seu 3º ATO.

Todos nós nascemos com espirito, todos nós. Mas às vezes ele fica soterrado sob os desafios da vida – a violência, o abuso, a negligência. Talvez nossos pais tenham sofrido depressão. Talvez eles não tenham sido capazes de nos amar. Independentemente da forma que atuamos no mundo, talvez ainda soframos de uma dor psíquica, de uma ferida. Talvez sintamos que muitos de nossos relacionamentos não tenham sido concluídos e, portanto, possamos nos sentir inacabados. Talvez a tarefa do 3º ATO seja terminar de nos acabar, a nós próprios.

Para mim começou quando me aproximava do meu 3º ATO, do meu sexagésimo aniversário. Como deveria vivê-lo? O que deveria alcançar nesse ato final?

E percebi que para saber para onde ia, tinha que saber onde tinha estado. Portanto, regressei e estudei os dois primeiros atos tentando ver quem eu era, realmente, não quem meus pais ou outras pessoas me diziam que era, ou tratavam como se fosse. Mas, quem era eu? Quem eram os meus pais? Não como pais, mas como pessoas? Quem eram os meus avós? Como eles trataram os meus pais? Este tipo de coisas.

Descobri um par de anos mais tarde, que esse processo pelo qual tinha passado é denominado pelos psicólogos – “fazer uma revisão de vida” – uma revisão que pode dar um novo sentido a vida de uma pessoa. Podem descobrir como eu fiz, que muitas coisas de que se julgavam culpadas, muitas coisas que costumavam pensar de si mesmas, na realidade não tinham nada a ver com vocês. Não foi culpa de vocês. Está tudo bem com vocês. E podem voltar atrás e perdoá-los e perdoarem a si próprios. Somos capazes de nos libertar a nós próprios, do nosso passado.

Podemos trabalhar para mudar a nossa relação com o nosso passado. Quando eu estava escrevendo sobre isso, encontrei o livro “Em Busca de Sentido”, de Victor Frankl, um psiquiatra alemão que passou cinco anos num campo de concentração nazista. Ele descobriu o que fazia com que as pessoas tivessem mais chances de sobreviver e escreveu: Tudo que temos na vida pode ser tirado de nós exceto uma coisa – a nossa liberdade de escolher como responderemos à situação. É isso que determina a qualidade de vida que vivemos – não se formos ricos ou pobres, famosos ou desconhecidos, saudáveis ou sofredores. O que determina a nossa qualidade de vida é como nos relacionamos com essas realidades, que tipo de significado lhes atribuímos, que tipo de atitude associamos a elas, que estado de espirito permitimos desencadear.

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O livro “Em Busca de Sentido: um psicólogo no campo de concentração” (publicado pela primeira vez em 1946), é um dos 32 livros escritos por Victor Frankl, onde relata suas experiências como interno do campo de concentração – Auschwitz. Fundador da escola da Logoterapia – cuja essência é encontrar sentido em todas as formas de existência (mesmo as mais sórdidas) e, assim, o sentido para a vida, nos ensina:

 “O homem, por força de sua dimensão espiritual, pode encontrar sentido em cada situação da vida e dar-lhe uma resposta adequada”.

“Todos aqueles que sobreviveram aos campos de concentração, tinham algo importante para fazer em seus futuros – como criar um filho ou escrever um livro”.

“Nos campos de concentração a única coisa que sobra – a última liberdade humana – é escolher a atitude, o que fazer diante das circunstâncias da vida”.

“Como é possível dizer sim à vida apesar de tudo?”

“A vida, potencialmente, tem um sentido em quaisquer circunstâncias, mesmo nas mais miseráveis, em função da capacidade humana de transformar, criativamente, os aspectos negativos em algo positivo e construtivo. Há três caminhos que nos levam a encontrar o sentido de nossas vidas:

1. Trabalho ou fazer uma ação;

2. Alguém – portanto, o sentido da vida pode ser encontrado não só no trabalho, mas também no amor;

3. Liberdade Interior – a mais importante das três – a qual não lhes podem tirar e que permite, até o último suspiro, configurar a sua vida de modo que tenha sentido.

Frankl alerta: “Não procurem o sucesso. Quanto mais o procurarem e o transformarem num alvo, mais vocês vão errar. Porque o sucesso, como a felicidade, não pode ser perseguido; ele deve acontecer, e só tem lugar como efeito colateral de uma dedicação pessoal a uma causa maior que a pessoa, ou como subproduto da rendição pessoal a outro ser. Quero que vocês escutem o que sua consciência diz que devem fazer e coloquem-no em prática da melhor maneira possível. E então vocês verão que em longo prazo – estou dizendo em longo prazo! – o sucesso vai prossegui-los, precisamente porque vocês se esqueceram de pensar nele”.

Contudo, se pudermos voltar atrás, rever e alterar a nossa relação com pessoas e eventos do passado, os caminhos neurais podem mudar. E se pudermos manter os sentimentos mais positivos em relação ao passado, isso se torna a nova norma. É como ajustar um termostato.Talvez o propósito central do 3º ATO seja voltar atrás e tentar se apropriar e mudar nossa relação com o passado. Acontece que as pesquisas cognitivas mostram que quando somos capazes de fazer isso, ocorre uma manifestação neurológica – criam-se caminhos neurais no cérebro. Compreendem que, se tivermos ao longo do tempo reagido negativamente a eventos e pessoas do passado, estabelecem-se caminhos neurais, por meio de sinais químicos e elétricos, que são enviados através do cérebro. E com o passar do tempo, estes caminhos neurais tornam-se definitivos, tornam-se a norma, mesmo que isso nos seja prejudicial, porque nos causa ansiedade e stress.

Não é ter experiências que nos torna sábios, é o refletir sobre as experiências que tivemos que nos torna sábios (aprendizagens) e isso nos ajuda a tornarmos completos, traz sabedoria e autenticidade. Ajuda-nos a tornarmo-nos aquilo que poderíamos ter sido.

Nós mulheres somos completas não é verdade? Quero dizer, somos arrojadas, temos poder de ação, somos os sujeitos de nossas próprias vidas. Mas, muito frequentemente, muitas de nós, se não a maioria, quando chegamos à puberdade, nos preocupamos em sermos aceitas, populares. E nos tornamos objetos das vidas de outras pessoas. Mas agora, em nosso 3º ATO, pode ser possível completarmos o ciclo, voltando ao ponto de partida e fazendo isso pela primeira vez. E se pudermos fazer isso, não será por nós próprias. As mulheres mais velhas são o maior grupo demográfico do mundo. Se pudermos voltar atrás e nos redefinirmos, e nos tornarmos completas, isso gerará uma mudança cultural no mundo e dará um exemplo às gerações mais jovens, de forma que possam repensar o seu próprio tempo de vida.

 

 

O Caminho emocional para o sucesso

Habilidades como raiva, tristeza e similares, acaba por ser um segredo de grandes empreendedores.

Há algum tempo atrás, Zinedine Zidane agiu impulsivamente e quase destruiu um grande espetáculo. O meia, estrela do Mundial de Futebol na França, foi considerado o melhor jogador do mundo. No entanto, em uma partida de Copa do Mundo contra o Irã, com a França ganhando facilmente, Zidane, em um ataque de fúria, pisou em um adversário iraniano que estava no chão. A agressão resultou em um cartão vermelho que o colocou fora do Mundial nas duas semanas seguintes e, sem ele, o time Frances venceu o Paraguai apenas nos acréscimos. Em seguida, a estrela voltou e, com maior autocontrole, levou os franceses à vitória sobre a Itália, Croácia e Brasil. Ao fazê-lo, ele validou a previsão que a psicóloga desportiva brasileira Suzy Fleury fez a Daniel Goleman, antes do torneio: “A equipe que vai vencer a Copa do Mundo será a que tiver a maior inteligência emocional.”

A escolha das palavras de Fleury não foi por acidente: O livro Inteligência Emocional de Goleman, 1996, é um best-seller mundial, com 4 milhões de cópias em 24 idiomas. “inteligência emocional” – termo que inclui, segundo Goleman, “autoconhecimento, o controle das emoções de forma eficaz, motivação, empatia, a capacidade de ler os sentimentos dos outros com precisão, as habilidades sociais como o trabalho em equipe, persuasão, liderança e relações de gestão” – é uma ideia cujo tempo chegou, aparentemente. Na sequência publicada por Bantam, “Trabalhando com a Inteligência Emocional”, Goleman mapeia essas habilidades emocionais voltadas ao trabalho e carreira. Uma vez que Zidane é um atleta profissional, o seu lapso temperamental poderia na verdade ser visto como um erro de julgamento nos negócios. “Isso foi um ´sequestro emocional´, afirma Goleman, termo usado para descrever momentos em que fortes sentimentos ultrapassam a razão, julgamento e as consequências.

Suzy-Feury_Daniel-Goleman-1“Inteligência emocional” pode parecer um oxímoro, uma vez que nossa sociedade há muito tempo associa a inteligência puramente ao intelecto, à análise, à racionalidade, às capacidades cerebrais medidas por testes de QI. Em contrapartida, Goleman trata do lado sentimental da vida – a alegria, mágoa, raiva, tristeza, ciúme – e afirma que os seres humanos também podem lidar com estes estados de forma inteligente – embora muitas vezes não o façam.

A condição sine qua non da inteligência emocional é a consciência de seus próprios sentimentos. Conhecer seus estados emocionais permite a possibilidade de expressar sentimentos de forma adequada, ou quem sabe conscientemente suprimi-los. O autoconhecimento nos permite perceber uma emoção ruim antes que se transforme em um ato impulsivo – em outras palavras, nos permite gerenciar nossas respostas emocionais. Não podemos controlar os sentimentos dos quais não temos conhecimento – como em um sequestro emocional, quando as emoções se expressam em palavras e ações antes que a pessoa tenha realmente identificado sua natureza ou até mesmo a sua presença.

A consciência de nossos próprios sentimentos também nos permite perceber os sentimentos dos outros com precisão – ter empatia, sentir-se como a outra pessoa. A empatia propicia um ligação emocional, e assim faz com as pessoas se unam ainda mais profundamente, à partir de crenças compartilhadas e ideias. Empatia, na visão de Goldman, é pré-requisito para as aptidões interpessoais, como trabalho em equipe, persuasão e liderança.

INTELIGENCIAEMOCIONALNascido em Stockton, Califórnia, Goleman se formou no Amherst College e obteve seu doutorado em Harvard. Como estudante, ele e seu assessor, o falecido professor de psicologia David McClelland, refletiu sobre a razão dos testes de QI e de personalidade serem tão pobres previsores de sucesso no mundo real. A Harvard enviou Goleman para a Índia, onde aprendeu a meditar. Ele escreveu sua dissertação sobre meditação como um antídoto para o stress; 30 anos depois, ele ainda medita e tem escrito livros sobre o tema.

Goleman tem sua formação acadêmica como jornalista e autor. Durante 12 anos ele foi um escritor de ciência comportamental para o New York Times, onde seu trabalho foi por duas vezes indicado ao Prêmio Pulitzer. Ele também publicou vários livros antes do sucesso comercial de “Inteligência Emocional”.

Hoje Goleman presta consultoria internacionalmente e dá palestras sobre inteligência emocional, para empresas e grupos profissionais. Ele vive no oeste de Massachusetts com sua segunda esposa, ara Bennett-Goleman, uma psicoterapeuta. Ela pratica há muito tempo a cerimônia do chá japones, e atrás de sua propriedade, num caminho sinuoso que leva até uma colina, há uma casa de chá com uma vista majestosa das redondezas de Berkshires. Normalmente, Goleman vai fazer sua meditação matinal na casa de chá e depois volta para o seu computador portátil.

Para seu novo livro, Goleman fez dois anos de pesquisas, incluindo uma revisão de estudos por quase 200 empresas de grande porte, estudando seus funcionários mais bem-sucedidos. “A pesquisa mostra que, para empregos de todos os tipos, a inteligência emocional é um ingrediente duas vezes mais importante para a excelência no desempenho do que as habilidades cognitivas e técnicas combinadas”, diz Goleman. “E quanto mais alto você sobe na organização, mais essas qualidades são importantes para o sucesso. Quando se trata de liderança, elas são quase tudo.”

“O problema em todos os campos de alta inteligência, como o direito, a medicina e a gestão de negócios, é que todo mundo já passou pelas mesmas dificuldades intelectuais para entrar”, continua ele. “Praticamente todos os advogados terão um QI de pelo menos 110 a 120, bom o suficiente para lidar com a faculdade de Direito. Consequentemente, a vantagem de estar na parte alta intelectualmente é pequena se comparada ao benefício de ter inteligência emocional – para os quais quase não há pressões de seleção! Ao menos não mais sistemáticas, o que significa que há uma gama muito maior de variação. “Rainmakers” em escritórios de advocacia atraem novos clientes não por causa de suas pontuações LSAT, mas por causa do tipo de pessoas que são – carismáticos, simpáticos, confiáveis. Em todas estas profissões, a perícia técnica e intelectual levam você longe, mas são as qualidades humanas que fazem de você uma verdadeira estrela.”

Falhas de inteligência emocional também têm seu preço, diz Goleman, citando um estudo sobre casos de negligência publicado no New England Journal of Medicine. “Cerca de 1% de todos os pacientes de hospitais têm algo que poderia ser motivo para mover uma ação por erro médico, mas apenas uma pequena porcentagem desses pacientes processam os médicos. Os médicos que os pacientes não gostam são processado com mais frequência. Apesar de suas habilidades médicas poderem ser comparáveis aos outros médicos, o paciente pensa Ele não se importa comigo. Ele não ouviu. Ele não me deixou fazer perguntas. Se você fosse uma escola de medicina, iria gostar de preparar seus alunos pelo cultivo das qualidades de empatia.”

Inépcia emocional também é uma responsabilidade na vida corporativa. O professor de psicologia Philip Stone diz: “Na sociedade moderna, as pessoas que são totalmente fechadas não são mais toleradas, a menos que sejam extremamente brilhantes e as pessoas tenham que aturá-las. Inteligência social é crucial, especialmente no setor de serviços onde você tem de continuar o relacionamento com clientes. Nesta economia, trabalhos como caixa de supermercado estão se tornando mais raros “.

No entanto, em níveis mais altos da corporação, a inteligência emocional pode ter duas faces. “Maquiavel tinha muita inteligência emocional”, diz Shoshana Zuboff, professor de administração de empresas. “O ‘príncipe’ foi capaz de ser bem sucedido por causa de sua visão sobre as pessoas e suas motivações, como elas poderiam ser influenciadas e manipuladas. Pessoas no mundo corporativo que têm este tipo de inteligência podem crescer. Isso lhes permite navegar no ambiente sociopolítico com muito sucesso. Isso faz de você uma estrela em um sentido muito específico.

“Mas se Maquiavel é um pólo, Sócrates é o outro – Conhece a ti mesmo,” Zuboff continua. “Auto-conhecimento e auto-disciplina estão relacionados com a capacidade de criar significado na vida de alguém, viver uma vida plena e rica. Em um ambiente corporativo, esse tipo de inteligência emocional pode realmente ser prejudicial. A corporação é não amigável para as pessoas que estão empáticas, sensíveis, conscientes de si e dos significados e conseqüências de suas ações. As recompensas são construídas ainda em torno do poder, posição, dinheiro. Pessoas com altos níveis de sensibilidade não respondem a estas recompensas e não podem ser controladas pelo sistema motivacional. Aqueles com autonomia e auto-controle têm dificuldade em dobrar a disciplina corporativa e da ordem; de fato, os executivos muitas vezes falam abertamente sobre como você tem que cortar as velas de sua personalidade para se encaixar no molde. Quanto mais inteligência emocional tem uma pessoa, mais dificuldade ela encontra para moldar-se às normas da corporação.”

Para ajudar estas pessoas a encontrarem seus caminhos, Zuboff executa um programa de escola de negócios de meia-idade executivos chamado “Odyssey”, que visa aprofundar a inteligência emocional, “para aprender sobre os próprios recursos internos e individualidade”, diz. “Essas coisas podem ser ensinadas, mas a pessoa tem que querer aprender para estar pronta.”

Na prática legal, “você precisa de uma gama muito maior de habilidades do que a maioria de nós recebe na escola de direito”, diz Byrne, professor de direito administrativo. “A percepção geral do público é de que os advogados são mais insensível do que deveriam ser. Talvez nós não ensinamos o suficiente sobre a relação entre advogado e cliente. O advogado pode superenfatizar os recursos legais. Às vezes os advogados se tornam um pouco surdos sobre o que um cliente realmente quer. Quando você veste um terno, o que você obtém de um cliente é apenas dinheiro, mas o cliente muitas vezes quer alguma declaração de que ele ou ela estavam certos. Você pode não ser capaz de conseguir isso a menos que passe por um longo processo. Poucos advogados conseguem receber ou dar desculpas; ninguém espera que eles façam isso. Ainda em assuntos humanos comuns, um sincero pedido de desculpas muitas vezes é o que mais vale para uma pessoa.”

Trabalho em Direito muitas vezes significa agir como um tampão emocional. “Em certa medida, parte pelo que você é pago como um advogado é assumir a responsabilidade sob condições de estresse e tensão”, diz Rakoff. “A prática da lei é muitas vezes contraditória e potencialmente abrasiva, por isso as pessoas que não podem desenvolver as competências emocionais para lidar com esse tipo de situação difícil, sem perder o controle de si mesmas, estão em apuros.”

O professor de Direito Martha Minow, acrescenta: “Os advogados que eu conheço dizem que não querem contratar alguém que não pode falar com um cliente. Com isso, o que eles querem dizer é compreender as preocupações de um cliente e suas motivações, para ajudar qualquer tipo de cliente através de suas próprias prioridades e sentimentos . Você precisa dessas habilidades não apenas em direito de família, mas em direito societário, aquisições, questões fiscais complexas. É uma crítica justa à educação jurídica o fato de nós não gastarmos muito tempo cultivando estas capacidades.”

“Conexões – médico com paciente, médico com a família, paciente com a família – são fenômenos de cura poderosos”, diz o instrutor clínico em psiquiatria Steve Bergman. “Com a recuperação pós-cirúrgica, o câncer de mama, ou até mesmo o resfriado comum, pacientes que têm boas ligações com os médicos e outros correm menor risco de morte.” Bergman dedicou grande parte de sua carreira para o tema “como manter-se humano ao praticar medicina”, como ele mesmo diz. O seu livro “Temos que Falar: Diálogos de Cura entre Homens e Mulheres”, escrito com sua esposa, a psicóloga Janet Surrey, centra-se no tipo de vínculo mútuo e também central no relacionamento de cura: conexão interpessoal autêntica.

“Os médicos tradicionais generalistas dos velhos tempos tinham muita inteligência emocional”, diz Bergman. “Na verdade, eles não tinham muito mais do que isso. Metade de suas ideias estavam erradas e dois terços dos seus medicamentos foram, provavelmente, prejudiciais. Mas mesmo com a ciência médica ainda não muito desenvolvida, eles estavam sempre presentes, junto às pessoas doentes. E essa conexão que os médicos faziam com seus pacientes é que se tornava a cura.”

Bergman prefere o termo “inteligência relacional” de “inteligência emocional”, observando que “as emoções que você demonstra são mais inteligentes quando são usadas a serviço de fazer bons contatos.” Claro, ele acrescenta, “uma boa conexão é uma conexão mútua. Empatia apenas de um lado pode não ser saudável. Por exemplo, uma mulher que é empática e compreensiva para com um chefe que está abusando dela não está operando com inteligência relacional. A relação saudável é o lugar onde ele também sente alguma empatia com o que está acontecendo com ela.”

Mas Bergman também observa que a formação e a prática médica criam situações onde as escolhas emocionais são ambíguos: “Nestes grandes sistemas, é útil, por vezes, negar as emoções que você está tendo. Imagine um jovem médico estudante do sexo masculino que está presente quando uma paciente soube que ela iria morrer. Talvez a paciente tenha chorado e o aluno começado a chorar junto com ela. Se outro estudante de medicina testemunhasse isso, seria razoável para o primeiro aluno a dizer: não conte a ninguém sobre isso, eu terei que apresentar este caso. Às vezes ter inteligência relacional é esconder os seus sentimentos do sistema. ”

Dadas essas complexidades, pode inteligência emocional e sua adequada aplicação ser aprendida e ensinada? “Absolutamente. É tudo possível de se aprender”, diz Goleman. “Ao contrário do IQ, que alguns argumentam não mudar ao longo da vida, a inteligência emocional pode ser desenvolvida. É fato neurológico que o cérebro é ajustável ao longo da vida; estruturas cerebrais e circuitos se formam através de experiências repetidas. Você pode disciplinar-se e se tornar melhor em coisas que antes não era bom. De fato, a inteligência emocional tende a aumentar com o decorrer das décadas de uma vida. É o que costumávamos chamar de maturidade – como lidamos com nós mesmos e outras pessoas. Ficamos melhor conforme envelhecemos.

“Sempre houve um meio de ajudar as pessoas a mudar na área de inteligência emocional”, ele acrescenta: “A psicoterapia, por exemplo.” A meditação também pode ajudar: Goleman cita um estudo realizado por Richard Davidson, que trabalhou com microbiologistas que desenvolvem novos produtos sob alta pressão, enfrentando prazos apertados e tarefas complexas. Durante um período de oito semanas, eles aprenderam a prática da meditação de um psicólogo e a colocaram em prática diária. Davidson examinou o antes e o depois dos padrões de ativação nos cérebros dos cientistas usando imagens de Ressonância Magnética (MRI). “Não só os cientistas se sentiram mais calmos e mais energizados, como o córtex frontal esquerdo tornou-se mais ativo”, diz Goleman. “Essa é uma área do cérebro que acalma o estresse e gera sentimentos positivos. É muito impressionante a evidência de que o cérebro pode mudar de maneira a apoiar o aprendizado emocional.”

Mas, longe da meditação e da psicoterapia, podem escolas profissionais e de graduação ensinar inteligência emocional? “Eu sou cético sobre transformar fraqueza sócio-emocional em forças, através da formação”, diz Philip Stone, citando um adágio: “Você pode ensinar um porco a subir em uma árvore, mas é mais fácil contratar um esquilo.” O curso de Stone chamado “O Ajuste Pessoa-Trabalho” é um tema que ele tem trabalhado com clientes particulares. Ele acredita que “o herói não é a pessoa que pode fazer tudo. Heróis são aqueles que reconhecem seus pontos fortes e fracos, e juntam-se com outras pessoas cujos pontos fortes equilibram e complementam os seus próprios.”

Goleman conta, “A evidência é tão forte que as pessoas podem melhorar nestas áreas. Muitos programas de treinamento corporativo são um desperdício de dinheiro. Eles são muito falhos e apresentam maus resultados, então fica a impressão que não pode ser feito, mas isso poderia ser feito rotineiramente, como parte da educação profissional na pós-graduação. ”

A Harvard Business School enche os 880 lugares em seu programa de MBA de 8.000 candidatos por um processo que enfatiza competências relacionais, de acordo com Jill Fadule, diretora de admissões de MBA. Ela observa que o formulário de aplicação de Harvard é “o mais extenso de qualquer escola de negócios. São oito questões dissertativas como: Conte-nos sobre um tempo em que você falhou, e o que você aprendeu com isso. Estamos muito interessados na forma como eles têm sido capazes de ter sucesso consigo mesmos e através de outras pessoas. Suponha que alguém nos diz que ele foi eleito capitão do time de futebol. Ele diz que era o jogador mais talentoso e que o time acabou ganhando o título da conferência. Ele pensa que isso é uma excelente prova da liderança – e pode ser – mas ele não nos mostra como surgiu o seu sucesso através do trabalho consigo e através dos outros. Quando vemos pessoas agindo com persuasão, coordenação, motivando os outros, é isso que nos ajuda a separar o joio do trigo.”

O programa de MBA divide o primeiro ano dos matriculados em “seções” de 80 alunos, que fazem todo o primeiro ano do curso juntos. Cada seção elege uma variedade de líderes – um representante educacional, cadeiras para as questões sociais, atléticas, e tecnológicas. As seções estabelecem normas de conduta, como não levantar as mãos em sala de aula enquanto alguém está falando, ou certificando-se de que ninguém na seção de falhe no programa. “Metade de sua nota é baseada na participação da classe”, diz Fadule, “então você tem uma responsabilidade explícita de sua seção: você é responsável por aquilo que todo mundo está aprendendo. Em média, o professor fala apenas cerca de 15 por cento do tempo.

“O programa é uma experiência transformadora”, continua ela, “e se trata da dinâmica de estar com esta família, esta empresa de 80 pessoas, que você vai viver durante todo o ano – resolvendo desacordos, aprendendo uns com os outros, e constantemente movendo-se para frente. Você tem que ter empatia com alguém da sua seção que está tendo dificuldade para se comunicar em Inglês em enquanto está de pé diante de 80 pessoas. Esta é uma vida, uma comunidade que respira.” Reforçando estes princípios, a classificação do sistema da escola de negócios ajuda a enfatizar a competição, e uma infinidade de projetos em grupo ajudam a ensinar os alunos a serem bons líderes de equipes, bons membros de times, e a como criar equipes eficazes.

Mesmo assim, Philip Stone observa que “se você passar dois dias nos corredores da Harvard Business School e dois dias nos corredores da Kellogg [escola de negócios da Northwestern], você verá um contraste notável. Kellogg é o Centro-Oeste amigável, parte do motor econômico norte-americano, não um lugar malandro que alguém vai se tornar uma estrela solitária. Em Harvard, você está competindo como um louco, mas na Kellogg há uma atmosfera de equipe.”

Na medicina, “mais e mais cuidados com a saúde estão sendo feitos em equipes”, diz o professor de medicina molecular Michael Rosenblatt, parte do corpo docente reitor para programas acadêmicos no Beth Israel Deaconess Medical Center. “Então você vai precisar das habilidades humanas para ter sucesso com seus colegas.” Grande parte da aprendizagem ocorre em pequenos grupos, o que obriga os médicos em formação a interagirem uns com os outros”, diz Rosenblatt. “Há dez ou 15 anos atrás, o currículo incluia muitas palestras em grandes salas de aula. Agora passamos para a aprendizagem baseada em problemas, e no centro desses problemas estão os pacientes. Desde o primeiro dia de escola de medicina, você vê pacientes”.

Paradoxalmente, a tecnologia também pode ajudar a humanizar, de acordo com Rosenblatt. “Em atenção gerenciada, os pacientes muitas vezes não gastam mais do que 20 ou 30 minutos em um consultório médico”, diz ele. “Digamos que você tenha um estudante de medicina que está em uma sala, com um paciente e um médico. Você gostaria que o aluno aprendesse sobre a doença que o paciente tem – se é diabetes, como diagnosticar, como para corresponder à insulina para os níveis de açúcar no sangue, e assim por diante. Mas você também gostaria que o médico professor fosse um modelo para o aluno obter informações de um paciente – o que há sobre esse médico que consegue construir esse vínculo de confiança? Para fazer todo o trabalho em apenas 20 minutos é quase impossível. Pode-se deixar o aluno aprender sobre o gerenciamento de açúcar no sangue, trabalhando com um programa de computador, em vez do professor dizer: Vamos nos concentrar em como eu estou falando com esse paciente, captando uma história, e os aspectos sociais e culturais da conversa. Desta última forma, você vai usar essa meia hora mais eficaz.”

Bergman concorda que “nos dois primeiros anos de escola médica, nos anos pré-clínicos, há coisas boas acontecendo na educação médica em todo o país, existem alguns esforços para enfatizar boas ligações com os pacientes. Mas nos terceiro e quarto anos,” ele afirma, “os alunos vão para as clínicas e há apenas a velha ênfase na inteligência e nada mais.” O curso de Bergman “Como se Manter Humano na Medicina” foi parte da rotação clínica em psiquiatria no Hospital McLean, e foi cancelado em 1992. “Disseram-me que precisava de tempo para a farmacologia, a ensinar os alunos a aplicar drogas”, explica ele.

Por sua parte, Goleman acredita que a educação médica deve incluir algumas ferramentas básicas de inteligência emocional, “especialmente auto-conhecimento e as artes da empatia e de saber ouvir.” Ironicamente, ele escreve, conforme mais pacientes buscam uma medicina mais humana, “a mudança na cultura da própria medicina, uma vez que torna-se mais sensível aos imperativos dos negócios, está tornando este tratamento cada vez mais difícil de encontrar.” Mas desde que cuidados emocionais responsáveis tornam pacientes mais satisfeitos com seus médicos e seu tratamento, também pode ser justificado economicamente. Goleman escreve: “No mercado emergente médico, onde os pacientes muitas vezes têm a opção de escolher entre planos de saúde concorrentes … experiências ruins podem levar os pacientes a buscarem outro lugar para atendimento, enquanto experiências agradáveis se traduzem em lealdade.”

“Há verdadeiras jóias no sistema médico, gente que têm habilidades maravilhosas em se relacionar com outras pessoas”, diz Bergman. “Mas nas minhas três décadas na medicina acadêmica, esta não é uma qualidade recompensada pela promoção. Embora tenhamos reconhecido a importância da inteligência emocional, o que é reconhecido é a publicação, a pesquisa, levantar dinheiro, receber doações.” Rosenblatt insiste que a situação melhorou, pelo menos na Harvard Medical School: “Uma avenida nova para a promoção se abriu, através de contribuições para a educação médica e de ensino, não apenas a pesquisa e publicação. Agora as pessoas podem fazer uma carreira de alto nível como educadores médicos, e ser promovidos em todo o caminho para um professor titular.”

Ao contrário das escolas de negócios e médica, Harvard Law School não entrevista candidatos para admissão. Mas, diz Martha Minow, “Nós não queremos apenas pessoas com notas perfeitas e resultados de testes perfeitos.” Uma vez admitidos, a formação dos estudantes de Direito através da inteligência emocional tende a ocorrer em níveis elevados, em vez de surgir a partir da estrutura básica pedagógicas. Programas clínicos, por exemplo, capacitam os alunos a encontrar as realidades da relação advogado-cliente em primeira mão, embora alguns alunos não tenham quaisquer programa clínico, outros dedicam cerca de 25 a 30 horas semanais para tal trabalho. A negociação e os programas de mediação – cujo mais célebre expoente foi o professor emérito de Williston, Roger Fisher, Co-autor de Getting to Yes – os alunos também treinam na precisão de leitura preocupações de outras pessoas e motivos. E, observa Minow, “O arco de inspiração por trás do método do caso é que ele exige um certo grau de imaginação empática; você tira esses documentos frios factuais e reconstrói as preocupações reais do cliente.”

Neste contexto, ela fla sobre uma citação que pode ser a mais celebrada na bolsa escolar legal, mas poderia se aplicar a todo o reino da inteligência emocional. “A vida do direito não tem sido lógica”, escreveu Oliver Wendell Holmes Jr., Tem sido uma experiência”.

Este artigo foi traduzido. Originalmente escrito por Craig A. Lambert, editor associado da revista Harvard Maganize:
http://harvardmagazine.com/1998/09/path.html